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DIRK NIEPOORT

DIRK E OS CAMINHOS SEM PRECEDENTES
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Uma história com personalidade e espírito

Tudo se passa em caminhos talhados de fresco, em pleno Douro. Numa viagem feita com gosto, com sensibilidade, sem destruição e com tanta, mas tanta vontade de aprender enquanto se faz.

Fazer vinho no Douro. De mesa, não porto.

Dirk Niepoort formou-se em Economia, na Suíça, onde conheceu a primeira mulher, mãe de Daniel, de 28 anos, e Marco, de 25. Como não queria gastar dinheiro, quem sabe se à imagem do Tio Patinhas dos quadradinhos que sempre o acompanham, aprendeu sozinho a cozinhar, ainda hoje uma das suas grandes paixões. Estagiou numa distribuidora de vinhos, a cuja entrevista chegou “hiper pontual”, como sempre, mas cheio de óleo — vicissitudes da vida na estrada; e, quase sem dar por ela, já estava com um inspector à frente com tempo limite para resolver um imbróglio indecifrável nas finanças. Foi por lá, quase sem querer, ao participar nas primeiras provas, que começou a brotar o “bichinho” do vinho. E, sobretudo, ao devorar um grande livro sobre enologia que lhe inspirou a vontade de comprar uma garrafa de Château Petrus — o anúncio do preço empalideceu-o, acabando por levar um bem mais modesto Château d’Yquem. Seguiu-se uma nova formação na Universidade da Califórnia, em Davis, onde estagiou na produtora de vinhos Cuvaison. Regressado a Portugal, um amigo perguntou-lhe se planeava fazer vinho no Douro — de mesa, não Porto. O que em 2020 pode parecer comum, na altura era uma sugestão radical. Dirk não sabia, mas deu uma certeza: A acontecer, o primeiro vinho seria “um monstro”, mas em 20 anos estaria a fazer os vinhos que, diz, na altura ainda não sabia fazer. Elegantes, finos, leves.

“AQUI É QUASE TUDO MANUAL”

É da adega de Vale de Mendiz, a poucos quilómetros da Quinta de Nápoles, que saem os vinhos do Porto da Niepoort. E é lá que vemos três mulheres enterradas até aos joelhos em uvas tintas, naqueles que serão os únicos lagares redondos do mundo. “Aqui é quase tudo manual”, diz Dirk, enquanto passarinha pelo espaço. O que “dá mais trabalho”, mas também um “controlo” maior — e sim, pisar as uvas faz diferença, “porque destrói a uva, macera-a, abre-a, mas não a magoa”.
É isto que tenta fazer nos seus Portos, aplicar o que “aprendeu com os velhinhos”: “E depois há acertos, pormenores, é cirúrgico.” Pressupõe saber esperar.

Se as pessoas geralmente fazem planos para prazos de dias, semanas, por vezes meses ou poucos anos, o empresário pensa “a 20 anos”. O que talvez venha do vinho do Porto, quiçá da filosofia de fazer para não beber, de produzir para guardar e um dia surpreender. Começou por aprendê-lo com outro dos seus professores, talvez o “mais importante”: José Nogueira, da família que há já cinco gerações dá os master blenders, ou adegueiros, à Niepoort. Cinco gerações a provar vinhos que ainda não o são para lhes adivinhar o amanhã.

É O ACERTAR DE PORMENORES QUE FAZ A DIFERENÇA

Talvez todo este espírito se concretize em toda a sua plenitude nos Portos — em particular no seu vinho “mais perfeito”, o Vintage de 2017. “Eu sei que já há quem não me leve a sério porque eu disse que o meu melhor vinho era o de 2005, depois 2011, depois 2015 e agora 2017”, consente o produtor, um comunicador nato, marketeer de nascença. “Mas também digo que o vinho do Porto, e principalmente um Vintage, não é uma revolução. É uma evolução, é o acertar de pormenores que faz a diferença.” Esperar e detetar o ano certo, com determinadas condições climáticas — no caso de 2017, muito quente, mas com uma vindima fresca, como aconteceu no mítico 1945. Apanhar as uvas, muitas delas centenárias, talvez mais cedo que a maioria, para manter acidez e frescura. Todas em agricultura biológica, biodinâmica se possível. Pisa a pé, em lagares de granito, com 100% de engaço. Trasfega rápida após a vindima para tonéis. E outras coisas que tais, que o segredo ainda é a alma do negócio, para conseguir 99 pontos em 100 do reputado crítico Robert Parker.

“SE TE ATIRAR À ÁGUA, TU SALTAS, NADAS E ATÉ GOSTAS”

“Provar, provar, provar. É essa a receita: quanto se mais prova, mais se sabe”, conclui Dirk, que, sublinha, assim aprendeu sobre vinhos. Não é enólogo, nunca o quis ser, é algo avesso aos academismos. Fazer, ver, provar, falar — assim se apreende, daí o pequeno vício das provas cegas, ideais para “aferir” conhecimentos. Os filhos seguem-lhe os passos — os mais velhos para já, a caçula vive na Suíça com a mãe. À mesa, trocam cumplicidades em alemão, a sua pequena língua secreta, brincam às escondidas com as garrafas e com o vinho. Daniel, o mais velho, deixou este ano a Alemanha, onde estava a produzir vinhos Riesling em Mosel; Marco ocupou o lugar do irmão por lá, assumindo a gestão do projecto Fio Wines da Niepoort. A passagem de testemunho para a sexta geração faz-se assim, mesmo que o retrovisor ainda devolva as recordações infantis dos piqueniques que todos faziam pelo Douro, no meio da pedra, à procura de vinhas. “O meu pai”, diz Dirk, “nunca foi bom professor: atirava-me à água e eu ou aprendia a nadar ou afundava-me — é óbvio que provavelmente ele estaria lá para me salvar, mas eu não o via”. Está a tentar não fazer o mesmo, por muito que os filhos o temam. O primogénito já lhe confessou o receio. “Mas ele já sabe nadar”, diz o pai. “Se te atirar à água, tu saltas, nadas e até gostas”, rematou.

PARTILHA CONHECIMENTO, PREPARA E MOLDA A PROLE

O plano é esse, se bem que se há aspeto em que as suas previsões não têm sido tão certeiras é neste. Mas já viu o futuro, uma vez mais. Ao rodear-se de “gente nova”, sem nunca olhar para um currículo, partilha conhecimento, prepara e molda a prole, ao passo que acolhe novas ideias na equipa. E os muitos estagiários estrangeiros acabam por ser “embaixadores de Portugal” no mundo. Controlador? Estratega? “Ele estuda-nos”, observa Liliana Silva, que entrou para os escritórios da Niepoort em 2014, com 24 anos, e desde então acompanha diariamente o “caracolinho”, como carinhosamente o apelida. “Dá-nos a provar vinhos, ensina, pede opiniões e conhece os nossos gostos. E, depois, formata-nos”, brinca, entre risos. O engenho, porém, não adormece. Agora, sacrilégio, Dirk querer abanar os alicerces do vinho do Porto com o Trudy — um “Porto sexy, fresco, que dá gozo de beber” para contrariar a “imagem negativa” dos Rubys.

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